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Condenado à morte por traição ao rei, em 1792.

Ele foi o único a assumir sua participação no movimento contra a coroa, conhecido hoje como Inconfidência Mineira. A sentença de morte foi mantida para Tiradentes, enquanto outros nove dos envolvidos foram perdoados e degredados. A condenação foi por lesa-majestade, ou seja, traição ao rei. O rei precisava mostrar o que aconteceria se mais alguém tivesse coragem de se manifestar contra ele. Tiradentes foi enforcado no Largo da Lampadosa (atual Praça Tiradentes) no Rio de Janeiro, no dia 21 de abril de 1792. Mas a forma cruel como Tiradentes foi morto fez com que ele passasse a ser associado a Jesus Cristo. Não foi apenas uma pena de morte, foi uma exposição dos pedaços de Tiradentes! “A cabeça deve ficar na Praça de Santa Quitéria, até que o tempo a consuma”, dizem as ordens do rei. A cabeça de Tiradentes foi exposta em uma estaca em Vila Rica, atual Ouro Preto, Minas Gerais. O corpo foi esquartejado e espalhado pelo Caminho Novo. Braços, pernas e dorso, conseguem imaginar o nível de crueldade? Não existia um meio de comunicar o desatino do rei ao cobrar altas taxas de impostos, e qualquer menção ao fato era considerada traição. Entendem o valor da democracia? Não se podia questionar o que era determinado pelo rei. Mas este fato talvez tenha sido o inicio da degradação do seu reinado. Um rastro de sangue não pode ser consumido pelo tempo. E a imagem de Tiradentes como mártir foi popularizada pelos republicanos no final do século XIX. O dia da morte de Tiradentes foi estabelecido como feriado logo após a proclamação da República, em novembro de 1889. Em 1965, Tiradentes foi declarado patrono cívico da nação brasileira. Nos dias de hoje, o que parece é que não estamos dando tanta importância a isto. Será que o tempo está nos vencendo?

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