Marielle Franco homenageada em Paris, e odiada pela estrema direita brasileira. Marielle é cria da favela da Maré.

Marielle Franco homenageada em Paris, e odiada pela estrema direita brasileira. Marielle é cria da favela da Maré. É socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação de mestrado teve como tema: "UPP: a redução da favela a três letras". Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo. É recém-eleita Vereadora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelo PSOL, com 46.502 votos. Assim a definem em sua página https://www.facebook.com/MarielleFrancoPSOL/. No entanto o nome Marielle Franco está se tornando muito mais que isso. Agora é um grito de guerra contra a direita brasileira que é contraria a tudo ao que ela tentava proteger. Ela, uma crítica ferrenha da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes, e frisava que a culpa não era só de quem aperta o gatilho. E em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro. E desde o seu assassinato, o nome Marielle tem se tornado um grande eco nos ouvidos de seus assassinos que tentavam calar sua voz. E o mais triste e controverso desta história é que as investigações acrescentam indícios de que nomes do meio político brasileiro e nomes de antigos membros da polícia militar estejam envolvidos em seu assassinato. Em matéria exibida no site The Intercept 18 de março de 2019 por Glenn Greenwald e Victor Pougy, apresentam suas teorias baseadas no desenrolar destas investigações. https://theintercept.com/2019/03/18/bolsonaro-visita-trump-ligacoes-milicia/. Mas a luta de Marielle que foi interrompida por sua morte, agora volta aos olhares da mídia que retrata o assassinato da pequena Ágatha Félix 8 anos. Agatha estava dentro de uma Kombi quando foi alvejada com um tiro de fuzil pelas costas. Segundo informações, policiais perseguiam dois suspeitos em uma moto no Complexo do Alemão, e efetuaram o disparo atingindo a menina Ágatha, que foi socorrida, mas infelizmente não resistiu. E por atuações como esta, é que Marielle Franco questionava a segurança pública do Rio de Janeiro. E por isso fez tantos inimigos. Inimigos mesmo, desde presidenciáveis, a deputados e governadores. Como por exemplo, o atual governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel que está sendo mencionado como o precursor do assassinato de Ágatha. O motivo, é que Witzel atribui a si próprio como o grande responsável pela política de segurança pública do Rio, afirmando que vai eliminar a insegurança do Estado. Como vimos à atuação não está dando muito certo. Tanto as ações de políticos linha dura, como a dos críticos de Marielle Franco e ao bem intencionado Witzel somam aos números de insegurança e mortes de civis, em ações do Estado contra a criminalidade. E assim o nome de mais uma jovem é incluída a crescente lista de vítimas da guerra entre policiais e bandidos. Até quando permitiremos que a ignorância se sobreponha à inteligência? É lamentável! Nossas condolências aos familiares de Ágatha, desejamos que o sofrimento com a perda seja confortado pelo fervor da justiça.

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